sexta-feira, 29 de junho de 2018

Preço da Gasolina - Porque é tão cara no Brasil

Com toda esta crise que houve pela greve dos caminhoneiros, vimos como somos dependentes de combustível e de nossos veículos, e o valor que pagamos como sai tão caro.

Vários posts e sites indicaram que a gasolina no Brasil é muito cara, vendo inclusive que existem países com valores em que a gasolina é ainda mais cara.

Isso é verdade, mas é interessante saber porque pagamos este preço pelo combustível, e portanto, vamos direto à base de tudo, na Petrobrás, que tenta discriminar de forma bem educativa o preço do combustível que nós consumimos no Brasil.

Primeiramente, observemos que 60% aproximadamente dos veículos de passeio no Brasil são movidos a gasolina, isto a torna tão importante.

No site da Petrobrás temos esta estatística, como abaixo repassamos.


Pela imagem que mostramos acima, temos os 30% iniciais como a produção e importação da Gasolina A - que a gasolina pura, sem a mistura com Etanol Anidro. A Petrobrás pode produzir, delegar, importar esta Gasolina A.

A Gasolina A então é remetida a Central de Distribuição, onde é então misturada com o Etanol Anidro, para ser depois encaminhada aos Postos e os Consumidores adquirirem o combustível.

Portanto, 30% do que pagamos no posto é realmente gasolina.

Depois, temos 15% em Impostos Federais e 27% em Impostos Estaduais (ICMS) ** lembremos que o imposto ICMS (Estadual) pode variar de Estado para Estado, pois não existe por enquanto a unificação deste Imposto para todos os estados da União.

11% do valor do combustível que pagamos então é o Etano Anidro, que na Distribuidora é misturada a Gasolina A.

E por fim, 17% do valor do combustível refere-se às custa de distribuição da Gasolina e o lucro dos Postos de Combustível.

Vamos supor o valor da Gasolina no Posto a R$ 4,39 - este valor seria composto da seguinte forma:

Gasolina:                               R$ 1,32
Impostos Federais:                R$ 0,66
Impostos Estaduais:              R$ 1,18
Etanol Anidro:                      R$ 0,48
Distribuição e Postos:           R$ 0,75


Assim temos uma visão mais clara de quanto custa a gasolina para nós, consumidores. Pelo valor que estamos calculando, o valor médio do combustível é R$ 1,80.

Mesmo assim, ainda existem países que cobram mais impostos do que o Brasil.Itália, Reino Unido, Alemanha e Uruguai são exemplos, onde os impostos podem ultrapassar 50% do valor do combustível e o preço final acaba sendo maior do que aqui.







Novas Regras no Limite do Cheque Especial

A partir de 1º de Julho de 2.018 entram em vigor novas regras para o limite do cheque especial, em Fevereiro de 2.018 por exemplo, era mais de 320% ao ano.

Os Bancos, juntamente com o Governo, determinaram medidas para que tais juros pudessem abaixar, acompanhando a queda da taxa Selic, que hoje está em 6,5% ao ano.

Assim como nos Cartões de Crédito, as medidas visam facilitar os correntistas endividados a quitar seus débitos com o banco, evitando assim o efeito cascata e ficando com dívidas cada vez maiores.

Em suma, o banco deverá conceder ao correntista que está no limite especial a qualquer tempo condições mais favoráveis do que no próprio limite especial para liquidação do valor negativo.

Por exemplo, correntistas que estão utilizando do limite especial há mais de 30 dias, o Banco deverá proporcionar a ele condições para quitação deste saldo negativo.

O correntista, por sua vez, não é obrigado a aceitar, mas os bancos serão obrigados a cada 30 dias que o saldo permanece dentro do limite especial reiterar condições especiais de pagamento.

Outra possibilidade é a do Banco parcelar o valor do limite do cheque especial, podendo manter ou não o limite de crédito ao correntista.

Os bancos também terão que comunicar aos correntistas quando estes ingressarem no limite especial, informando dos valores e juros que estão sendo impostos.

Em resumo, não muda muda coisa para o dia a dia do consumidor - afinal de contas estas medidas não são obrigatórias aos consumidores a aceitarem, mas sim aos bancos oferecerem.

E, mesmo com juros menores, o endividamento poderá permanecer, pois o parcelamento, mesmo com juros menores, criará mais uma linha de financiamento ao consumidor, que será obrigado ao pagamento mensal.

Aliás, note-se que o correntista poderá ingressar por várias vezes no limite especial, e por fim contrair vários parcelamentos, comprometendo sua renda mensal.

Assim sendo, por mais difícil que às vezes possa ser, o principal seria não ingressar no limite especial, e caso venha o fazer, que ainda resolva o débito dentro do próprio mês.

Se fizer acordo ou parcelar débito do limite especial, evitar ao máximo ingressar neste limite nos meses subsequentes.